5 dicas para se trabalhar com equipes socioassistenciais reduzidas

5 dicas para se trabalhar com equipes socioassistenciais reduzidas

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Saber trabalhar bem em equipe é uma habilidade cada vez mais requisitada no atual mercado de trabalho. Várias áreas se unem por um objetivo comum e na Assistência Social não é diferente.

De acordo com o apresentado na Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social (NOB-RH/SUAS, 2006) a equipe de referência Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) deve ser constituída de forma multidisciplinar ou multiprofissional, ou seja, deve apresentar em seu quadro funcional básico: técnicos de nível superior (assistentes sociais, psicólogos e cientistas sociais/antropólogos) e técnicos de nível médio (auxiliares administrativos e cuidadores).

Assim, a  metodologia de trabalho da Assistência Social está baseada nas seguintes diretrizes metodológicas do Programa de Atenção Integral às Famílias (PAIF):

  • Desenvolver um trabalho interdisciplinar (psicologia e serviço social) com uma compreensão de que a família atendida deve ser abordada na sua totalidade;
  • Abordar no trabalho interdisciplinar: questões de gênero, orientação sexual e étnica, fortalecendo os direitos de cidadania […].

Ou seja, a Política Nacional de Assistência Social prevê e incentiva que o trabalho com as famílias deva ser realizado por uma equipe multidisciplinar.

Mas e quando o porte do município é pequeno, ou quando os recursos estão escassos e a equipe está reduzida? Quais são as melhores medidas a serem tomadas para que o ambiente de trabalho se mantenha organizado, dinâmico e que o trabalho não seja impactado diretamente?

Geralmente, quais são os profissionais que compõem o trabalho na Assistência Social? Psicólogo, Assistente Social (atuando na coordenação do CRAS, na Vigilância Socioassistencial, no CREAS), Técnico de Nível Médio.

Então, vamos lá! 5 Dicas para se realizar um bom trabalho, mesmo com uma equipe reduzida, na Assistência Social.

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1. Comunicação

Independente do tamanho da equipe, a comunicação é algo primordial pra qualquer engrenagem organizacional funcionar. E nesse aspecto, podemos destacar dois pontos diferentes: um que é a habilidade de saber chegar para um colega e conversar abertamente sobre algum problema que pode estar havendo e o outro é criar meios de comunicação fáceis e rápidos, isso principalmente quando se trata da relação de uma equipe para a outra em equipamentos diferentes, por exemplo.

Especificamente em equipes pequenas, os dois pontos são importantes pois tudo precisa ser bem dividido e esclarecido para que o trabalho renda e as tarefas não sobrecarreguem mais um profissional que o outro.

2. Organização

A organização do trabalho de maneira geral é de suma importância, tanto com papeis, quanto com a própria dinâmica de trabalho.

Criar uma escala de funções, cronogramas de visitas domiciliares, dinâmica de registro das atividades podem ser dicas interessantes quando se trata de uma equipe pequena, uma vez que muitas informações se perdem por acúmulo de trabalho ou por falta de “combinados” feitos pela equipe no desenvolvimento do trabalho. Esse aspecto se liga tanto à primeira dica quanto à seguir, confira!

3. Saber delegar funções

Esta é uma das tarefas mais difíceis de lidar se tratando do trabalho em equipe na Assistência Social. Muitas vezes o coordenador do CRAS não tem liberdade pra passar tarefas mais operacionais para os outros membros do equipamento e acaba assumindo tarefas demais e deixando de lado as atividades de gestão do equipamento. E isso também pode acontecer com o próprio Secretário da Assistência Social.

Por isso é importante que a equipe esteja entrosada o suficiente para que essa passagem de bastão seja feita com a maior tranqüilidade possível, para que nada seja levado para o lado pessoal e as tarefas de dividam por igual.

4. Ter proatividade

A proatividade traz a ideia do “tenha iniciativa, não espere ser mandado”. Mas na verdade, ela é mais do que isso, uma pessoa proativa ela busca, primordialmente, resolver o que está ao seu alcance, de forma independente, mas respeitando o espaço do outro e a quem deve recorrer caso não consiga resolver sozinha.

Esse tipo de atitude facilita muito o dia a dia do trabalho, pois ela coloca a equipe em uma situação confortável de que “eu sei o que está acontecendo, vou tentar resolver, caso não consiga sem a quem pedir ajuda”. Em suma, permite que o ambiente de trabalho nãos seja um “pisar em ovos” e a comunicação fica muito facilitada.

5. Não deixar coisas para se fazer no outro dia

Adiar tarefas para o outro dia é algo muito comum, as vezes um dia foi muito corrido, muitas tarefas externas pra fazer e não tem muito o que fazer.

Mas é importante que isso esteja no controle de uma equipe pequena, pois como mencionado anteriormente, a organização é fundamental para que o trabalho não se acumule e o estresse não atinja a equipe. Se não temos muitos braços pra trabalhar, o planejamento das atividades torna-se muito valioso.

Conclusão

Infelizmente, prefeituras sem muito recurso e equipes pequenas são a realidade do Brasil, então essas foram algumas dicas pra te ajudar a gerir melhor as tarefas da Assistência para que o trabalho seja otimizado e ninguém fique sobrecarregado!

Qual o seu maior desafio hoje, junto a sua equipe socioassistencial? Qual dica a mais você daria? Compartilhe com a gente!!

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